MOVA-Brasil oferece curso de formação em Direitos Humanos pela EaD

logo_campanha_PROMOVA-CONSCIÊNCIA-COM-EDUCAÇÃO-EM-DIREITOS-HUMANOS_v4No dia 22 de julho teve iniciou o curso de formação “Educação Popular em Direitos Humanos”, pela EaD (Educação a Distância), com a participação de 15 pessoas das equipes do Projeto MOVA-Brasil, entre coordenadores de polos, assistentes pedagógicos, auxiliares administrativos e coordenação pedagógica nacional.

A primeira atividade foi a apresentação das expectativas dos participantes sobre o formato do curso e a concepção de educação popular e de educação popular em direitos humanos.

 

Diversas reflexões marcaram o primeiro encontro.

O que é uma educação emancipadora e Educação Popular em Direitos Humanos?

No Projeto MOVA-Brasil a educação libertadora passa pelo trabalho a partir das histórias de vidas. Ao ler o mundo dentro das comunidades, estamos emancipando o educando, o monitor, o coordenador e a gente mesmo. Emancipar em Educação Popular, a partir dos Direitos Humanos é conscientizar em relação a sua própria condição: preto, pobre, preso, com necessidades especiais, mas, ainda assim, igual. É importante localizar os sujeitos da educação emancipadora e popular, pois a educação não está dissociada de um projeto ou modelo de sociedade.

A educação emancipadora possibilita um ensino crítico, criativo e comprometido com a transformação da realidade social.

A contribuição da metodologia freiriana.

A Leitura do Mundo é uma das formas de contribuir para a emancipação.

É necessária a tomada de consciência, ou seja, conhecer, analisar e agir para a transformação da realidade conhecida, para que seja possível intervir. Por isso, há necessidade de não se limitar aos muros das escolas. Há importância da participação, de forma que a pessoa sinta-se atuante e sujeito. É necessário o pertencimento e a inserção deste indivíduo, tornando-o parte deste processo; não expectador!!

Compreendermos o acesso à educação também como um direito humano essencial à inserção, integração, inclusão das pessoas.

A educação popular está pautada no princípio de que a educação pode e deve ocorrer em todos os espaços.

Como vocês se veem neste processo? Quais dificuldades enfrentam no processo de concretização de uma educação emancipadora e Educação Popular em Direitos Humanos?

Com grande responsabilidade, enquanto assistente pedagógico; emancipando, libertando e conscientizando dos direitos para que meu discurso não se torne alienante.

Quanto às dificuldades, lembro também da fala de Fran Pini numa de nossas formações aqui no polo: “quebrar estigmas, dogmas de uma educação tradicional”.

Primeira questão: a educação sozinha não promove as mudanças sociais que almejamos.

Nos deparamos, muitas vezes, com pessoas de comunidades que têm medo de falar, porque não imaginam os grandiosos valores dos seus saberes.

“E aprendi que se depende sempre de tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. E é tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense estar […]”. (GONZAGUINHA, 2005).

A luta pela concretização de uma educação emancipadora exige uma tomada de consciência da realidade que estamos inseridos; pensar as possibilidades de transformação.

Na nossa individualidade nos percebemos heterogêneos. Saber respeitar e conviver na diversidade, respeitando as particularidades e especificidades, se faz numa relação baseada no diálogo.

Devemos ter sempre em mente que, o analfabetismo é um problema social, portanto, é uma questão de negação de direitos.

Eu gostei da participação. Conseguimos abordar conceitos e desafios para a construção da educação libertadora em Direitos Humanos. As perguntas foram essenciais para assegurar o fio condutor da reflexão.

O curso de formação “Educação Popular em Direitos Humanos” terá duração de 20 horas com estudos para aprofundamento teórico-metodológico e 10 horas para elaborações do Projeto de Intervenção. “Educação Popular em Direitos Humanos”.

O objetivo do curso é o de intensificar os conhecimentos sobre Educação Popular em Direitos Humanos, para que se consolide como uma práxis político-cultural e pedagógica e estimule a formulação de propostas promotoras da justiça social, cultural e econômica no cotidiano da vida social e no Projeto MOVA-Brasil. Os participantes serão desafiados a elaborarem projeto de intervenção/ação multiplicadora, para ser desenvolvido no Projeto MOVA-Brasil.