Os educandos do MOVA-Brasil da comunidade da Matinha participaram, na manhã do dia 7 de agosto, de um Ato Público em defesa da saúde, realizado em frente à Unidade Básica de Saúde da Família local.
“Eu quero ver, Eu quero ver, Eu quero ver.
Eu quero ver o que é que vai fazer.
Eu quero ver se você não se mexe, eu quero vê quem se mexe por você.”
Embalados pela canção popular, o Ato mobilizou o distrito, que possui cerca de 8 mil habitantes e está localizado a 13 km do município de Feira de Santana, na Bahia.
Através do manifesto os moradores reivindicaram melhorias no atendimento à saúde de sua população, solicitando a presença diária de médicos, ampliação de cotas para exames, agentes de endemias em faixas territoriais descobertas e a construção de um posto de saúde no povoado do Candeal II.
O ato popular, organizado pelo líder comunitário do Candeal II, Sr. José das Virgens Fonseca, recebeu apoio de diversos segmentos da comunidade da Matinha: Liderança do sindicato dos trabalhos Rurais; Paróquia da Matinha; membro do conselho distrital de saúde; agente municipal de saúde; alunos e direção da Escola Municipal Rosa Maria Espiridião Leite e líder comunitário da Matinha, agregando cerca de cem pessoas.
Educandos da 7ª etapa do MOVA-Brasil (núcleo Portal do Sertão, turma do Candeal II) estiveram presentes, dando sua parcela de contribuição à comunidade onde estão inseridos. O Estudo da Realidade realizado em sala e na saída a campo detectou problemas na área da saúde. As necessidades identificadas atingem a todos na comunidade, o que ficou evidente com a realização do Ato Público, que resultou num momento de aprendizado para todos, que se organizaram tendo por base a seguinte reflexão:
“Paulo Freire não queria somente ensinar a ler e a escrever e nem, muito menos, tornar o analfabeto uma pessoa só capaz de ler o nome dos candidatos nas campanhas eleitorais; isto é, fazer do analfabeto um alfabetizado para poder dar o seu voto aos candidatos interessados ou ‘interesseiros’ neste voto. Paulo Freire tinha como objetivo no seu processo alfabetizador educar as massas para a sua participação consciente e crítica na realidade política do país, sem serem vítimas de explorações opressivas e enganadoras dos retentores do poder.” (SIMÕES, 1979, p.12)
A manifestação foi transmitida através do programa de rádio “Acorda Cidade – Feira de Santana”, fazendo chegar ao conhecimento das autoridades públicas a vontade do povo. O repórter “PJ” entrevistou representantes da saúde no distrito da Matinha, assim como o líder organizador do manifesto.
Representante da Secretaria Municipal da Saúde de Feira de Santana, Tássia Caldas, se fez presente dando esclarecimentos à população e encaminhando a pauta de reivindicação às autoridades públicas de Feira de Santana.
A coordenação do movimento garantiu à população presente que se trata do início de uma luta que está apenas começando, e que tem como objetivo o bem comum do distrito e seus povoados, independentemente de posições partidárias. Desse modo, renovou a convocação de todos para um maior engajamento em prol da luta pela garantia dos direitos constitucionais, o que beneficiará a todos os cidadãos.
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