Marcha de abertura do FSM 2015 na Tunísia
O Fórum Social Mundial 2015, que acontece na Tunísia, de 24 a 28 de março, teve início com a tradicional marcha de abertura. Por conta do atentado terrorista do dia 18 deste mês, no Museu do Bardo, que deixou 22 mortos, o tema proposto para a marcha foi “Povos do mundo unidos contra o terrorismo”. Cerca de 20 mil pessoas marcharam sob chuva e temperatura de 15°C pelas ruas do centro da capital Túnis.
Representantes de diversos países se manifestaram exibindo cartazes e faixas contra a violência e pedidos de justiça social, liberdade e paz, por uma Tunísia livre e unida contra o terrorismo. Dentre os temas discutidos, está a importância da liberdade de expressão e a democratização da comunicação a partir das mídias livres.
O Projeto MOVA-Brasil participa do FSM com representantes dos Polos, do Comitê Gestor e articuladores sociais.
O evento espera reunir cerca de 60 mil pessoas, 4 mil organizações e 118 países e tem como lema “Dignidade, direitos e liberdade”. O FSM é um espaço de debate democrático de ideias, de articulação de organizações e movimentos sociais e de busca da construção de alternativas às políticas neoliberais, imperial e capitalista.
Realizado pela primeira vez em 2001, o Fórum Social Mundial neste ano também discute e reafirma o seu papel na formulação de ações concretas para a superação das crises econômica, financeira e ecológica e a construção de um outro mundo com justiça social e ambiental. A decisão do FSM ser realizado novamente na Tunísia – já que o país vive a transição para um regime democrático em meio aos conflitos regionais –, é uma tentativa, como foi em 2013, de contribuir com a consolidação da democracia participativa.
Várias atividades simultâneas ao FSM 2015 estão acontecendo, inclusive no Brasil. Hoje, (25/03) pela manhã, IPF, FE-USP e FMML realizaram a mesa “A Educação e a Construção da Democracia Participativa”.
Roberto da Silva (professor da FE-USP), Terezinha Vicente (representante da Ciranda e do Fórum Mundial de Mídia Livre) e Moacir Gadotti (representante do IPF e da secretaria executiva do FME) debateram o tema e conversaram com internautas e convidados presentes. Destaque para Eduardo Bittar, coordenador de Educação em Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.
