Equipe do Polo Maranhão participa das aulas inaugurais do Projeto MOVA-Brasil

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Turma do Bairro Planalto Boa Esperança (Núcleo Timon-MA).

No dia 15 de junho de 2015 iniciou-se o processo de alfabetização das turmas do Projeto MOVA-Brasil 7ª etapa Programa Petrobras Socioambiental.Durante esta primeira semana ocorreram as aulas inaugurais, momento em que é demarcado o início das aulas e que a comunidade, lideranças e parceiros locais são convidados a se integrarem às ações do Projeto, visando o fortalecimento de sua sustentabilidade no processo de implementação nas comunidades.

Além disso, é importante que as aulas inaugurais contribuam também para a mobilização, animação, organização das famílias e fortalecimento do convívio comunitário.

No dia 16 de junho de 2015, a equipe do polo Maranhão iniciou o processo de visita às turmas de alfabetização. Foram visitadas as turmas localizadas nos bairros da cidade de Timon (sede do polo): turma Planalto Boa Esperança, turma Novo Joia e turma Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a fim de participar da semana inaugural da alfabetização e acompanhar mais de perto como está sendo o início desse processo, dos pontos de vista pedagógico e das condições de infraestrutura dos espaços fornecidos para a realização das aulas.

Uma das turmas acompanhadas neste primeiro momento, a turma Planalto Boa Esperança; é situada a 7 km da sede, considerada região periférica e apresenta altos índices de vulnerabilidade social. As demais turmas urbanas também apresentam a mesma realidade; com grande dificuldade de acesso aos direitos básicos.

O início das aulas na turma Planalto Boa Esperança ocorreu de uma forma muito positiva, com a educadora Maria das Dores pedindo que cada educando pensasse em algo que pudesse representar de modo simbólico a sua trajetória de vida; seja através de um desenho, objeto ou pela escrita de uma palavra. Em seguida, propôs que todos se dirigissem à frente e relatassem alguns aspectos importantes e curiosos que marcaram a sua vida, entre eles suas experiências na vida escolar.

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A educanda Maria Antonia de Sousa deseja se alfabetizar e compartilhar seus conhecimentos com seus netos.

Todos educandos sentiram-se acolhidos durante a realização da atividade e isto foi fundamental para que pudessem se sentir seguros para relatar a sua história aos demais.

“Eu queria estudar, mas nunca dava certo. Eram muitos irmãos pra cuidar. Eu tenho 72 anos e ainda quero crescer dentro das letras. Essa história vai ficar para netos e bisnetos”. (Educanda Noemia Lopes de Carvalho Pereira, 72 anos)

“Comecei a quebrar coco com cinco anos de idade e não tive oportunidade de estudar porque só fui registrada com 15 anos. Agora, quero aprender para ensinar aos meus netos”. (Educanda Maria Antonia de Sousa, 44 anos)

A atividade foi encerrada com um debate mediado pela educadora, fazendo com que os educandos compreendam que a negação do acesso à educação nas diversas etapas da vida humana (infância, juventude, fase adulta e idosa) está intrinsecamente ligada à negação de outros direitos, como o direito ao trabalho, moradia digna e alimentação, entre outros.