Equipes de polo e articulação social compartilham conquistas e desafios da 7ª etapa do MOVA-Brasil

A Casa Cordimariana de Encontros e Retiros Irmã Maria do Amparo, na cidade de Caucaia (CE), foi sede da Formação Inicial de Coordenação de Polo da 7ª etapa do Projeto MOVA-Brasil. O evento teve início no dia 4 de maio com uma calorosa saudação aos participantes por Francisca Pini (IPF), Mara Cruz (FUP), Irmã Mazé (Coordenadora da Casa Cordimariana), professor Moacir Gadotti (IPF) e por Iran Gomes (coordenador do Polo CE); que posteriormente mediou a tradicional mística de abertura da Formação, onde cada polo apresentou objetos escolhidos para simbolizar a especificidade dos sujeitos e comunidades atendidas nesta 7º etapa.

O Polo MA apresentou a simbologia da bandeira do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), ressaltando o papel do Projeto no fortalecimento da cidadania nas comunidades atingidas por barragens.
O Polo AL assinalou a importância do Projeto MOVA-Brasil para a valorização da cultura local nas comunidades, dando ênfase à valorização das mulheres camponesas com a apresentação de uma colcha de retalhos.
O Polo AM representou a realidade das comunidades ribeirinhas atendidas pelo projeto a partir da apresentação de miniaturas de um barco e uma canoa.
A apresentação do artesanato em cestaria e signos da cultura indígena enfatizou a importância da valorização da mulher do campo e dos povos indígenas pelo Polo BA.

O Polo MG apresentou fotos, dando destaque à realidade socioambiental e cultural das comunidades do norte de Minas Gerais, região que será beneficiada pelo Projeto.

O Polo PE/PB, com a apresentação de produtos artesanais e agrícolas, ressaltou a importância do atendimento às comunidades do campo.

A partir da representação de uma planta, o Polo RJ enfatizou o atendimento do projeto nas comunidades quilombolas e aos trabalhadores rurais sem-terra.

O Polo RN destacou a importância da diversidade sociocultural como uma marca do atendimento do MOVA-Brasil no estado; focando as comunidades indígenas com a escolha do artesanato em cerâmica como símbolo.

Escolhendo como símbolo produtos ligados à cultura das comunidades tradicionais, o Polo SE enfatizou a importância do atendimento às comunidades de catadoras de mangaba, marisqueiras e trabalhadores rurais.

Através da representação de uma fonte de água o Polo CE, anfitrião da formação, destacou o atendimento a jovens e adolescentes em processo de ressocialização nesta etapa, ressaltando o quanto o Projeto MOVA-Brasil poderá ser importante para o fortalecimento da cidadania deles, que vivem em situação de privação de liberdade e de direitos.

Após a mística, os polos e seus articuladores sociais apresentaram a sistematização dos resultados do processo inicial de articulação e mobilização das turmas e núcleos do Projeto, com ênfase nas reuniões com os parceiros locais, na organização geopolítica dos polos e nas ações de pré-seleção de monitores e coordenadores locais, configurando assim o primeiro momento da Leitura do Mundo dos polos sobre a realidade em que estarão inseridos os participantes do projeto.

A partir do compartilhamento das experiências foram levantadas algumas questões importantes e comuns aos polos que, aprofundadas no processo de implementação do projeto, serão fundamentais para a realização a contento das ações previstas, assim como para a superação dos desafios que surgirem na caminhada:

Instalação de turmas em municípios com alto índice de pessoas maiores de 15 anos de idade analfabetas;
Atendimento do MOVA-Brasil em comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas, ribeirinhas, trabalhadores do campo, pescadores, marisqueiras, dentre outros);
Articulação de parceiros e garantia prévia das contrapartidas acordadas ao Projeto, como o transporte para o deslocamento dos colaboradores para as Formações Continuadas;
Instalação de turmas em comunidades que nunca foram atendidas pelo MOVA-Brasil;
Realização das atividades de pré-seleção de monitores(as) e coordenadores(as) locais de acordo com as orientações do Comitê Gestor do Projeto.

Ao final das apresentações, o professor Moacir Gadotti ressaltou a riqueza das informações apresentadas pelos polos e articuladores sociais, destacando a importância do Projeto na visibilidade dos parceiros locais, fundamentais para a gestão do Projeto nas comunidades, ao perguntar: “Quem são essas pessoas nas comunidades?”

Com esta pergunta, lançou um desafio a todos, questionando a necessidade do Projeto elaborar uma publicação que evidencie a importância das alianças estratégicas e das parcerias que contribuem com o desenvolvimento do Projeto MOVA-Brasil nesses 12 anos de história.

FormacaoInicialEquipesPoloArticulacao_Caucaia_CE_040515 (56)

Da esq. p/ dir.: Mara Cruz, Irmã Mazé, Iran Gomes, Francisca Pini e Moacir Gadotti

Além da participação das equipes de Coordenação de Polo, da Coordenação Pedagógica e Administrativa Nacional, da assessora da FUP (Mara Cruz), da Coordenação Geral do Projeto MOVA-Brasil (Alessandra Rodrigues), da Diretora Pedagógica do IPF (Francisca Pini) e de Moacir Gadotti (Presidente de Honra do IPF), a Leitura do Mundo Inicial dos Polos contou com a presença dos articuladores sociais:

Aldemir Caetano e Paulo Neves (Polo AM)