Festa comunitária cidadã do povoado Enxú, no Maranhão: Educação e trabalho; caminhos para o resgate da cidadania

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Educandos na Festa Comunitária no Povoado Enxú, no núcleo Timon (MA)

O Projeto MOVA-Brasil busca promover além da alfabetização, a oportunidade dos(as) jovens, adultos(as) e idosos(as) de reconstruir os seus destinos e de conquistarem o direito a plena participação política.

A festa comunitária cidadã, ocorrida no dia 27 de agosto de 2015, no Povoado Enxú, no núcleo Timon (MA) foi um momento que resultou no envolvimento de toda a comunidade para discutir questões inerentes a realidade social e econômica vivida pelas famílias.

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Raimundo Nonato, presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Timon

A festa contou com aproximadamente 60 pessoas, entre elas, representantes do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Timon: presidente, Raimundo Nonato, e Francisco Costa, delegado sindical; a presença de representantes das Associações Comunitárias: Ana Silva, da Associação de Varjota, Enxú e Adjacências e Maria do Socorro, de São João dos Marrocos, todos(as) parceiros(as) locais do Projeto.

Durante o encontro, a monitora Luzilene explicitou o que é o MOVA-Brasil, destacando os objetivos e metas do Projeto, além da importância do MAB (Movimento dos atingidos por Barragens) na comunidade.

Um dos temas mais discutidos foi a baixa renda das famílias e a falta de trabalho na comunidade.

Um grupo de educandas, Maria José de Sousa, Claudiane de Oliveira e Maria do Perpétuo, apresentaram de forma lúdica (tal como foi trabalhado em sala) como se dá o processo de extração do coco babaçu e de seus derivados, aproximando estes saberes do conhecimento popular com o conhecimento científico, relacionando às áreas da biologia, geografia e matemática. Houve ainda uma exposição dos produtos extraídos do coco babaçu.

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Produtos derivados do Coco Babaçu

Atualmente, o coco babaçu e o cultivo da lavoura são as atividades econômicas que mais geram renda na comunidade. No entanto, as famílias apontam que essa renda tem sido insuficiente e, segundo elas, o que a comunidade pleiteia é a oferta de trabalho para jovens e adultos(as) do campo.

 “A nossa única fonte de renda é quebrar do coco e retirar o azeite pra vender na cidade”. Educanda Maria do Perpétuo, 42 anos

 Aqui nós também faz o carvão e o sabão, mas é só para o consumo”. Educanda Claudiane de Oliveira, 36 anos.

Todos(as) os(as) moradores(as) concordam que, uma das formas de minimizar esse problema seria a implantação de uma horta comunitária.

 “Precisamos da horta comunitária porque aqui não tem emprego para todo mundo. Porque através da horta poderia melhorar a vida de toda a comunidade”. Educanda Maria José, 48 anos.

 É bom porque não será preciso ir comprar verduras na cidade. Ao invés de sair para comprar na cidade, nós vamos é vender lá”. Educando Francisco Carlos, 49 anos.

 No final da reunião foi acordado que será articulada uma audiê