Formação geral continuada de monitores e coordenadores locais – Timon (MA): Conhecer para transformar; fortalecendo o político e o pedagógico na alfabetização

1º dia da Formação Geral Continuada

Primeiro dia da Formação.

De 31 de agosto a 2 de setembro de 2015 aconteceu a 1ª Formação Geral Continuada de Monitores e Coordenadores Locais, no Hotel Fazenda Portal da Amazônia, área rural de Timon, Maranhão.

A formação teve início com um Círculo de Cultura que buscou tratar da conjuntura atual, fazendo um recorte sobre o contexto emblemático da Educação, Petróleo e Indústria no Brasil. Inicialmente, propôs-se aos participantes que fizessem um breve bate-papo nos grupos sobre os assuntos mais comentados no dia a dia dos/pelos(as) brasileiros(as) e, na sequência, fosse socializado com todos(as), dando início ao espaço. Palavras como: crise, corrupção, delação premiada, manifestações, reforma política, violência, estupro, pré-sal, crise hídrica, educação, saúde, aumento da tarifa de energia, direitos etc. foram bastante citadas e comentadas por eles(as). O momento foi mediado pela Coordenadora do polo, Maria Gonçalves, que fez os contrapontos referente ao que é veiculado na grande mídia, a correlação de forças e poderes existentes na sociedade e as lutas de classe que se acentuam no Brasil e no mundo.

Oficina pedagógica

Oficina pedagógica

Pela tarde foram trabalhadas questões voltadas para a Leitura do Mundo nos núcleos, com uma apresentação expositiva por parte dos três coordenadores de núcleo que, em suas falas, deram maior destaque para as atividades de saída a campo e festa comunitária cidadã e o caráter comunitário e mobilizador vivenciado nestas atividades.

“Este processo está ocorrendo de uma forma muito positiva e abrangente. As/os educadoras/os com os/as educandos/as estão conseguindo atrair um número muito significativo de pessoas para estes momentos de plenária e de festa. Ao acompanhar as festas comunitárias, vemos que o processo inicial da leitura de mundo, mas, especificamente, a saída a campo, conseguiu dialogar com a comunidade, debatendo sobre os problemas e ouvindo-a. Agora, na festa comunitária, foi o momento de reunir todos (as) e de forma conjunta pensar o que é preciso fazer para avançarmos. E tudo isto é bom para turma, para o Projeto e, principalmente, é bom para toda a comunidade”.

Paulo Dias, Coordenador Local de Timon.

Entre os momentos de maior relevância da formação, destacam-se: oficina de análise dos portfólios e atividades utilizadas pelo(a) educador(a) na sala de aula; reflexão acerca da importância da alfabetização com textos, dando ênfase ao uso didático de textos apresentados no Almanaque MOVA e a compreensão dos princípios que norteiam a aprendizagem crítica e epistemológica do sujeito jovem, adulto(a) e idoso(a) analfabeto(a).

Oficinas pedagógicas..

Oficina pedagógica

Já no terceiro e último dia foram realizadas oficinas de cunho mais específico, voltadas para o trabalho com o gênero textual, ditos populares e outra sobre o trabalho com jogos matemáticos.

Após isso, foi explicitado questões administrativo-financeiras que têm relação com os(as) trabalhadores(as), visando um melhor desempenho das ações do Projeto. A assistente pedagógica do Projeto, Dalila Calisto, conclui ressaltando…

“Sabemos que a formação é um processo por isso ela é continuada. Para nós, esta formação, especificamente, assumiu um papel muito importante, que é o da ampla intervenção didático-pedagógica, tendo em vista que, estamos entrando no 4º mês de alfabetização em sala de aula. Com uma apropriação mais real e segura do processo, é possível avaliarmos com mais critério e justeza e, a partir daí, fazermos as intervenções necessárias. O resultado esperado, é que os (as) educadores (as) compreendam e passem a assumir uma postura cada vez mais responsável e crítica frente a alfabetização”.