A Formação teve oficinas de oficinas de “oralidade, leitura e escrita”, e “etnomatemática”.
O Polo Ceará realizou a I Formação Continuada de monitores e coordenadores de núcleo, entre os dias 18 e 21 de agosto, na Casa de Repouso Cordimarianas, em Caucaia-CE.Com duração de 24 horas, a Formação organizou debates e oficinas pedagógicas para subsidiar o trabalho de alfabetização de jovens, adultos e idosos com politização e conscientização.
As parcerias e a articulação social
O primeiro dia teve a participação de parceiros e do articulador social analisando a conjuntura política e a importância do MOVA-Brasil para a redução do analfabetismo nas comunidades atendidas pelo Projeto, o que marcou a abertura do evento.
Vanderlane Rocha – Secretária de Assistência Social – Núcleo Paracuru.
Valdi da Costa (presidente de Associação de Moradores – Núcleo Região Metropolitana), Francineuda Sombra (articuladora local – Núcleo Paracuru), Vanderlane Rocha (secretária de assistência social – Núcleo Paracuru), Regina Maia (assistente social – Associação de Moradores – Núcleo Região Metropolitana) e Ademir Ferreira (coordenador do Centro de Assistência Social e Profissional – Núcleo Fortaleza) enfatizaram as mudanças que o MOVA tem promovido nas vidas dos educandos, pelo trabalho de alfabetização que desenvolve, estimulando o exercício da cidadania.
Já Marcondes Muniz (articulador social do Polo Ceará) agradeceu a colaboração de todas as parcerias e fez uma análise da conjuntura internacional e nacional, explicitando a atuação do Projeto diante dessa conjuntura.
As oficinas pedagógicas de Português e Matemática
Outros momentos marcantes da Formação foram as oficinas de “oralidade, leitura e escrita”, e “etnomatemática”, que ocorreram no dia 19 de agosto de 2015, nos períodos da manhã e da tarde, respectivamente.
Considerando a heterogeneidade das turmas de alfabetização, monitores e coordenadores de núcleo elaboraram planos de aula para desenvolver atividades de alfabetização em língua portuguesa e em matemática.
A atividade de oralidade, leitura e escrita teve como conteúdos o trabalho com ditados populares conhecido e a canção Bom Conselho, de Chico Buarque de Holanda, que ressignifica alguns provérbios bastante conhecidos da população.
A oficina de etnomatemática teve como base a Mancala, jogo de estratégias, de origem africana que mobiliza um conjunto de saberes matemáticos dos jogadores: estimativa, proporção, probabilidade, contagem etc.
Participantes jogando Mancala.
A redução da maioridade penal
O debate acerca do polêmico tema da redução da maioridade penal também fez parte da pauta do encontro. O representante da Secretaria de Justiça do Ceará (Rodrigo Moraes) e o pesquisador da Escola de Gestão Penitenciária do Ceará (Antônio Rodrigues) falaram sobre alguns problemas relacionados à redução da maioridade e sobre a precariedade do sistema penitenciário e das casas de atendimento.
Rodrigo Moraes – Secretaria de Jutiça do Ceará.
Rodrigo lembrou os presentes que não se deve tratar o tema da redução da maioridade penal com emoção, e que temos que olhar o infrator como um ser humano, um cidadão que errou mas merece a chance de ser recuperado e voltar à sociedade, de ser ressocializado.
m
m
m
Já Antônio destacou seus estudos acadêmicos a partir de sua experiência como agente penitenciário, quando tentava contribuir para a recuperação das pessoas que chegavam ao sistema penitenciário, apontando o trabalho realizado nas casas de atendimento socioeducativo.
O Toré na Formação
Encerramento – Dança do Toré.
No encerramento, todos os participantes foram brindados com uma apresentação de uma manifestação da cultura indígena: o Toré, dançado nas comemorações e utilizado para a decretação de luta/guerra. Durante a apresentação, coordenada pela monitora Margarida Gomes (pertencente à Comunidade Indígena Tapeba), todos cantaram e dançaram, formando um grande e animado círculo no final da Formação.