Emoção, vontade de aprender e ensinar dos educadores do Rio de Janeiro

O encontro ocorreu no município de Tanguá.

Após a Formação Inicial de coordenadores(as) locais do Polo Rio de Janeiro, foi a vez de monitores(as) e coordenadores(as) participarem da Formação inicial visando começar o trabalho de alfabetização da 7ª etapa 2015 do Projeto MOVA-Brasil.

Cerca de 90 educadores reuniram-se no Sítio Juvak, município de Tanguá (a 70 km da capital Rio de Janeiro) de 08 a 12 de junho, para tratar de diferentes assuntos:

• Expectativas dos participantes.
• Princípios de Convivência.
• Realidade da Educação de Jovens, Adultos e Idosos no Brasil.
• Processo de elaboração do Plano Nacional de Educação.
• Projeto Eco-Político-Pedagógico (PEPP).
• Leitura do mundo como procedimento metodológico.
• Processo de alfabetização de jovens, adultos e idosos, com base na Psicogênese da Língua Escrita e nas formulações de Paulo Freire.
• Etnomatemática.
• Planejamento de atividades e plano de aula.
• Avaliação das aprendizagens.
• Portfólio do educando.

Foram 40 horas de imersão na metodologia do Projeto MOVA-Brasil, com educadoras populares, que têm como tarefa alfabetizar 1.800 jovens, adultos e idosos, nas 90 turmas do estado, entre 15 de junho de 2015 e 28 de janeiro de 2016.

Abertura da Formação.

A Formação começou com o acolhimento dos participantes pela equipe do Polo: Geanne Campos, Daniela Rocha, Silvânia Tavares e Sheila Suelen. Em seguida, cada um dos seis núcleos se apresentou e resumiu suas expectativas completando o desenho de uma árvore, na qual o tronco simbolizava o coordenador local; os galhos eram os monitores; as folhas, os educandos; e os frutos representavam os resultados do Projeto.

Ramon Vieira, parceiro do Núcleo São Fidélis, destacou a alegria e a satisfação de fazer parte do Projeto MOVA-Brasil e o compromisso com a alfabetização de pessoas jovens, adultas e idosas na comunidade de São Fidélis.

Luiz Marine, da Coordenação Pedagógica Nacional do Projeto, ressaltou a importância das parcerias para o cumprimento das metas do Projeto:

• Cadastrar 20 educandos por sala.
• Alfabetizar 80% dos educandos frequentes no final da etapa.
• Encaminhar 50% dos alfabetizados para continuarem os estudos na EJA.
• Encaminhar 5% dos alfabetizados para fazerem cursos de formação profissional.

As atividades abordaram as metas do Projeto.

Nos outros dias os participantes foram divididos em três turmas para ler, debater e desenvolver atividades sobre metodologia, alfabetização, planejamento e avaliação, entre outras. Foram momentos que possibilitaram tirar dúvidas e se aprofundar sobre as especificidades da alfabetização de jovens, adultos e idosos na metodologia do MOVA-Brasil.

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As questões referentes à contratação, faltas, descontos, pagamento de salário e outras relacionadas à gestão administrativo-financeira foram tratadas no quinto dia da Formação, com todos os educadores reunidos no auditório. Neste dia também estiveram presentes Mara Cruz (FUP) e Dilermando Cunha (Petrobras), ambos representando o Comitê Gestor do Projeto.

Dilermando saudou os participantes e se colocou à disposição do Projeto, desejando uma boa formação a todos, e Mara fez uma análise da conjuntura atual, enfatizando a necessidade de todos realizarem um trabalho de qualidade e rigoroso de alfabetização, como tem sido a marca do MOVA-Brasil nesses 12 anos de existência.

Leitura do Mundo e Histórias de vida

A atividade de Leitura do Mundo não pode ser desvinculada da saída a campo.

A atividade de Leitura do Mundo foi outro momento importante da Formação, com a saída a campo e a presença do ex-prefeito do município de Tanguá, senhor Carlos Pereira, antigo parceiro do Projeto MOVA-Brasil. Ele fez uma um breve relato histórico de Tanguá, ressaltando os avanços e retrocessos do município desde sua emancipação em 1995. A presença do ex-prefeito na Formação possibilitou uma maior triangulação das informações para estudo da Realidade Local, confrontando diferentes fontes (mídia, saída a campo e o relato do ex-prefeito).

As histórias de vida relatadas comoveram os participantes.

De todas as atividades ocorridas durantes esses dias, merece destaque o momento em que os educadores contaram um pouco de suas histórias de vida, com a emoção tomando conta de todos. As lágrimas escorreram pelo rosto de muita gente ao ouvir as histórias de superação “dessa gente que ri quando deve chorar”, como diz a letra da famosa canção de Milton Nascimento.

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Foram cinco dias marcados pela disposição de educadoras e educadores em dialogar sobre diferentes assuntos, e por muita vontade de aprender e ensinar para desenvolver um trabalho de alfabetização com a qualidade social que o MOVA-Brasil exige.