Parceiros do Projeto participam da Formação Semanal no Vale do Jequitinhonha

Por Dashiell Dayer – Coordenador Local do Núcleo Vale do Jequitinhonha

Colaboradores reunidos na Formação Semanal no Vale do Jequitinhonha, em 25 de abril

Colaboradores reunidos na Formação Semanal no Vale do Jequitinhonha, em 25 de abril

 

A Formação Semanal aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Jequitinhonha (MG), no dia 25 de abril. O encontro contou com 13 monitores do MOVA-Brasil, representando 12 comunidades do Vale: quilombolas, assentamentos de reforma agrária, acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), comunidades ribeirinhas e urbanas. Também estiveram presentes dois representantes da Cáritas Diocesana do Baixo Jequitinhonha, um representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a secretária de Educação do município, Marinalva Pereira da Silva.

Além da exposição do Projeto MOVA-Brasil, os participantes falaram sobre suas expectativas e a importância do Projeto na região.

Maria Eliza, representante da Cáritas Diocesana, que vem trabalhando a questão de gênero e economia popular solidária com as comunidades do Baixo Jequitinhonha, ressaltou a importância da parceria com o MOVA: “A Cáritas, quando se torna parceira de um projeto como o MOVA-Brasil, faz uma parceria também com a cidadania, com os direitos dos povos do Vale”.

Vladimir Dayer, outro representante da Cáritas, que atua, nos últimos anos, com soberania alimentar e articula o trabalho em agroecologia e os direitos das comunidades quilombolas também na região do Baixo Jequitinhonha, reforçou a necessidade da luta pelos direitos humanos em uma realidade tão marcada pelo descaso. “O MOVA toca em um ponto essencial, que é a questão dos direitos humanos contra uma realidade coronelista na qual o Vale, infelizmente, está inserido”, afirmou.

Maria Aparecida Alves, conhecida como “Cidona”, reconhecida ativista do MST, há muitos anos luta pelo direito à terra, à cidadania e por uma realidade mais solidária na região. Ela destacou o poder da união para garantir que o programa alcance seus objetivos: “Que o MOVA-Brasil leve entusiasmo para as comunidades e suas organizações. E que o povo seja encoberto com a vontade de lutar. Sozinhos, não conseguimos nada, mas com essa união em torno do Projeto que estamos vendo acontecer, acreditamos numa realidade sem o fantasma e o atraso do analfabetismo em nossa região”.

Monitoras e monitores também contribuíram com o debate, ao enfatizar a necessidade de alfabetizar para transformar a realidade, trabalhando em conjunto com os educandos – num exercício de cidadania em que todos e todas têm sua importância. Eles destacaram a aproximação entre os parceiros, os que já participam e os que estão sendo convidados, como Maria da Glória, da comunidade quilombola Marobá dos Teixeiras: “Até em outdoors podemos aprender qualquer coisa. Agora, lutar por direitos, cidadania e organização do nosso povo é algo que deve unir mais e mais parceiros para chegarmos ao final do Projeto com a qualidade que queremos no nosso Vale”, afirmou.


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