II Encontro Estadual de Educandos no Rio de Janeiro fala sobre Economia Solidária

Todos os encontros locais, municipais e regionais realizados, sem exceção, foram bem sucedidos atingindo o objetivo de reunir os educandos(as) do projeto promovendo uma integração e realizando um amplo debate sobre os temas do analfabetismo no Brasil e geração de emprego e renda, a partir da Economia Solidária.

No mês de abril foram as discussões em sala, em maio as discussões ganharam dimensões municipais e em julho, as dimensões regionais.

O Encontro Estadual de Educandos(as) com o tema: Alfabetização Cidadã e Economia Solidária, realizado em 26 e 27 de setembro, no Sitio JUVAK, em Tanguá, merece destaque especial, pois pela primeira vez foi possível reunir em um único espaço a representação de todas as turmas do Polo Rio de Janeiro e, ainda, contar com 25 representantes quilombolas da Fazenda Machadinha/Quissamã, ampliando o debate e garantindo as demonstrações e o respeito à grande diversidade cultural do nosso país.

Abrindo o encontro a Coordenadora do Polo, Geanne Campos, deu às boas vindas ressaltando a importância do empenho e do trabalho coletivo para a realização do encontro, agradeceu aos articuladores sociais e a todos os parceiros que apoiaram a realização do encontro.

A mesa de abertura contou com a presença da Coordenadora Nacional Dilene Gonzaga, do Sociólogo, militante do Fórum de Economia Solidária, Robson do Patrocínio, de Célia Cristo, pedagoga, especialista em alfabetização das classes populares e do coordenador da Fundação Palmares/RJ, João Carlos Araújo.

Os participantes destacaram o compromisso dos educandos com a participação. O encontro reflete o trabalho desenvolvido pela equipe e possibilita vivenciar a diversidade existente no Polo. Enfatizaram os índices atuais de analfabetismo, cerca de 13 milhões, e a importância do trabalho sério e comprometido deste coletivo para possibilitar uma melhora de vida dos(as) educandos(as), no sentido de se tornarem sujeitos ativos de sua própria história.

João Carlos Araújo disse ter ficado feliz de participar do Encontro, pois ele é do tempo do MOBRAL. Ver o MOVA e sua forma de organização que possibilita ouvir os educandos(as), prova que as coisas estão mudando, e a partir da conquista da leitura e escrita faz com que o poder da caneta seja nosso.

No Encontro houve momentos ímpares de trocas, construções e desconstruções de pensamentos, comportamentos, visões e posicionamentos diante da representação de realidades próximas e diversas. As expressões culturais (maculelê, jongo, hinos católicos e evangélicos, o forró, o samba…) e os depoimentos causaram risos, lágrimas, incômodos e falações num movimento contínuo de transformações e revoluções positivas inerentes a busca do SER, do ESTAR no mundo, do confronto com o DIFERENTE, com o ACEITAR e REPELIR fundamentais à VIDA!

A chuva, o frio e o cansaço da viagem em vez de esfriar estiveram presentes no Encontro para fortalecer a todos, produzindo o calor necessário para demonstrar que a mudança de tempo não abala o comprometimento e a busca por uma vida melhor, por relacionamentos mais sinceros e fraternos, por um mundo livre da ignorância e dos preconceitos.

O encontro foi um sucesso porque contou com o apoio, com o carinho e o comprometimento com a transformação real de vidas de todos: educandas(os), articuladores sociais, parceiros e convidados.

A equipe do polo, coordenadoras locais, monitoras(es) educandos(as) e quilombolas saíram do Encontro revigorados e fortalecidos para fazer ecoar suas vozes pelo estado por meio das propostas e compromissos assumidos nesse coletivo.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!


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