Equipe do Projeto reunida em Maceió, em maio de 2014
O lançamento do livro MOVA-Brasil 10 anos: Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos aconteceu no dia 26 de maio, em Maceió, no Recanto Sagrado Coração de Jesus (bairro Serraria).
A abertura do encontro foi marcada pela dança do grupo Terra do algodão (do município de Ouro Branco), com a música Disparada – uma homenagem ao cantor Jair Rodrigues.
A reunião contou com a presença de:
- Solange Cavalcanti (Petrobras)
- Claudio Filho (parceiro do município de Marechal Deodoro)
- Mirlene Pereira Borges (gerente de Educação de Jovens e Adultos (EJA), em Alagoas)
- Marilene Miguel (ex-monitora do Projeto MOVA-Brasil)
- Gilvan de Andrade Costa (parceiro de Maceió)
- Ana Paula da Conceição Silva (ex-educanda do MOVA-Brasil)
- Mara Cruz (representante da Federação Única dos Petroleiros)
- Maria Decele Dámaso (ex-colaboradora do Projeto MOVA-Brasil)
- Simone Lee (Instituto Paulo Freire)
- Mirian Rocha de Araújo (ex-colaboradora do Projeto MOVA-Brasil)
- Renata Suelen Amorim Cavalcante (ex-colaboradora e atual parceira do MOVA-Brasil pela empresa Braskem)
De acordo com Solange Cavalcanti, o livro do MOVA-Brasil deve ser dedicado aos monitores e coordenadores. “São eles que fazem com que o Projeto aconteça”, afirma.
Um depoimento emocionante durante o lançamento foi de Ana Paula Silva, educanda do Projeto em 2012. “Eu não sabia ler nem escrever, eu não conseguia ajudar meus filhos na hora da tarefa. Depois que entrei no MOVA-Brasil, melhorei minha vida”, contou Ana. “Hoje posso participar das reuniões de pais na escola dos meus filhos e assinar meu nome completo, ajudá-los nas tarefas. Também estou solteira, porque meu marido não aceitava meu estudo. Crio meus filhos sozinha, estou no 3º ano e não quero parar de estudar!”
Conforme Mara Cruz, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o Brasil precisa avançar mais na área da educação. “E o MOVA-Brasil veio justamente para isso, para mudar a vida das pessoas a encontrar seu lugar na sociedade”. Mara parabeniza a equipe e diz: “Que vocês continuem perseverando neste Projeto que muda a vida de tanta gente”.
Simone Lee, educadora do IPF, concorda com Mara. “Temos muito trabalho a ser feito. Alagoas é um dos estados com maiores índices de analfabetismo, aproximadamente 22%. Essa luta está apenas começando e vocês, monitores e coordenadores, são as nossas frentes de batalha!”.
A ex-monitora do Projeto e hoje representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Marilene Miguel, garante que o projeto a fez aprender a falar menos e ouvir mais. “Fui para a sala de aula achando que iria ensinar e acabei aprendendo com meus alunos. Hoje sou formada, mais não em faculdade, e sim formada na vida compartilhada pelos ensinos de Paulo Freire”, assegurou.
Mirian Rocha, que também foi monitora em Alagoas em 2010 e coordenadora local em 2011, aproveitou o encontro para reconhecer publicamente a importância do Projeto em sua vida pessoal. “Atualmente, faço faculdade de Pedagogia e só tenho a agradecer as pessoas que me ajudaram a chegar até onde estou hoje”, disse, emocionada. Renata Cavalcante, atual parceira do MOVA-Brasil pela empresa Braskem, também deixou seu depoimento. “Onde eu estiver e por onde eu for, o MOVA-Brasil vai estar sempre presente, porque o MOVA está em mim.”
Imagens do encontro
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