A Formação Nacional com a Coordenação de Polo realizou-se de 4 a 7 de agosto em Recife-PE.Ela garantiu uma atividade cultural para dar oportunidade aos participantes dos diversos estados de trocar e ampliar de conhecimentos sobre aspectos da identidade histórico-cultural local durante o processo formativo.
Olinda foi escolhida como roteiro de visitação, com foco na contribuição histórica para a configuração da sua diversidade cultural. Com o apoio do guia turístico Fábio Correia, foram relatados fatos do passado que revelaram modos e costumes que influenciam até hoje o modo de vida dos moradores da cidade. A cidade, que era um território indígena, foi tomada por colonizadores e tornou-se rota de escravatura. Seu passado de lutas se mantém preservado e pode ser observado por todas as ruas e ladeiras das mais diversas formas, como seus artistas populares, suas belas paisagens e a arquitetura colonial.
A caminhada pelo percurso histórico se iniciou na Praça Monsenhor Fabrício, onde se localiza o Mosteiro de São Bento (1º curso de Direito do Brasil) e a sede da Prefeitura Municipal, antigo Palácio dos Governadores. Os participantes conheceram ainda o Mercado da Ribeira, onde funcionam galerias de artesanato e a subida da ladeira da Misericórdia, na Praça do Alto da Sé, onde se encerrou a atividade.
Durante a caminhada pelas ruas estreitas o guia relatou que uma das formas dos colonizadores ostentarem sua imponência era através das casas com fachadas, varandas e beiral nos telhados, que fizeram surgir, por exemplo, a expressão “sem eira nem beira”, para se referir a alguém desprovido de patrimônio. As histórias contadas revelaram as condições subumanas às quais a população negra era tratada. Conta-se que na rua das Ruínas do antigo Senado ainda são preservadas pedras com aspectos arredondados e lisos que eram chamadas de “cabeças de nego”; expressão surgida a partir das histórias em que os escravos eram enterrados em pé.
Após acompanhar uma apresentação de bonecos e passistas de frevo e apreciar todo roteiro histórico de Olinda, os participantes que integram as equipes de polo retornaram reflexivos e motivados a aprofundar com educadores e educandos a importância do estudo histórico sobre a identidade e cultura local que compõem esta diversidade encontrada.
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