O coordenador do Sindipetro, Deyvid Bacelar.
No dia 1 de outubro de 2015 foi realizado no auditório do Sindipetro Bahia o Seminário Estadual sobre o tema “Energia, Educação e Indústria no Brasil”, por iniciativa da Plataforma Operária e Camponesa.
O Seminário abordou a atual conjuntura e a luta por um projeto energético e popular no país, tendo como centro da discussão o tripé “Energia, pré-sal e Petrobras”, abordando a construção do Plano de Campanha pela Soberania do país através da defesa hegemonia na exploração do petróleo brasileiro, contra a privatização e em defesa do Plano Nacional de Educação.
O objetivo do Seminário é impulsionar o processo de luta estratégico por uma mudança no modelo elétrico nacional, com a destinação de recursos destes setores para a educação e o desenvolvimento industrial no país e no estado, visando uma maior geração de empregos e melhor distribuição de renda.
O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, falou sobre a atual situação da Petrobras e o cenário econômico e geopolítico que levou ao aumento do preço do barril de petróleo em todo o mundo. Deyvid ressaltou que, infelizmente o capitalismo se favorece em momentos de crise; citando como exemplos disto (no caso da Petrobras) as vendas de partes das ações da BR Distribuidora e Gaspetro:
“é lastimável ver os ativos da empresa subvalorizados e sendo vendidos, beneficiando somente os compradores, como aconteceu no caso da venda da Vale do Rio Doce”.
A representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Lirani Maria Franco, apresentou o Plano Nacional de Educação destacando que, para que as metas contidas sejam garantidas, será preciso a disponibilização dos recursos oriundos do pré-sal. Contudo, será necessária uma mobilização social para impedir que o Projeto de Lei que visa mudar a atual legislação do petróleo – encaminhado pelo Senador José Serra (PSDB) – seja aprovado; o que inviabilizaria os investimentos na educação e prejudicaria em muito as futuras gerações.
O Seminário reuniu representantes do Projeto MOVA-Brasil, movimentos sindicais, trabalhadores da base petroleira, militantes dos movimentos de juventude, mulher e luta pela terra e de organizações sociais.
Ela considera que a classe trabalhadora sofre um ataque aos seus direitos e à soberania nacional e corre riscos, assim como as estatais. Segundo Lirani Franco, o momento exige a unidade da classe trabalhadora e de todos que acreditam que é possível construir uma sociedade justa, democrática e participativa.
Ao final do evento foram levantadas estratégias para disseminação do debate político realizado no Seminário e para o fortalecimento da luta nas demais regiões da Bahia, com a criação de uma comissão para pensar e mobilizar outras ações no estado.
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